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terça-feira, 13 de abril de 2010

Pensamento Sistêmico: A Intersubjetividade

Dispomos de uma teoria cientifica do observador; há uma co-construção da realidade na linguagem; outros termos referem-se ao determinismo estrutural (o sistema se relaciona com o ambiente de acordo com sua estrutura naquele memento). O sistema vivo estará sempre em acoplamento estrutural com seu ambiente e, nessas interações, ambos vão mudando, o organismo (sua estrutura) e o ambiente. Há também, o conceito de fechamento estrutural do sistema, o que quer dizer que é impossível determinar, de fora, o que o sistema fará, ou seja, que é impossível ter com ele uma interação instrutiva. Há objetividade entre parênteses, onde aceita-se que a distinção que o observador faz, o fato de o observador distinguir algo em relação a um fundo, constitui a “realidade”. A validação das experiências subjetivas se fará, criando-se espaços consensuais, nos quais a ciência possa se desenvolver, com o novo pressuposto, que ó da intersubjetividade. A objetividade entre parênteses admite o multi-versa, substitui-se a preocupação com a verdade pelo reconhecimento de múltiplas verdades, de diferentes narrativas, há então, a construção da realidade. Foester (1974) introduziu a expressão sistema observante ou sistema de observação, para referir ao fato de que, a partir do momento em que o observador começa a observar um sistema, cria-se instantaneamente um sistema que integrará a ambos e em que o observador se observará observando, ou seja, em que sua relação com o sistema que ele observa será também objeto de observação. A isso, Foester chama de visão de segunda ordem. Decorre então a referência necessária ao observador, auto-referência ou reflexividade. E por fim, o último termo relacionado ao pressuposto da intersubjetividade remete-se a transdisciplinaridade.
VASCONCELLOS, Maria José Esteves de. Distinguindo dimensões no paradigma emergente da ciência contemporânea. In: Pensamento sistêmico: o novo paradigma da ciência. 8. ed. Campinas, SP: Papirus, 2009.

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