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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Será que o efêmero como essência natural é chave na compreensão da biologia do amar?

As “coisas” são naturalmente efêmeras, transitórias, a cultura é a que tenta acrescentar valores, e em função de qual seja a cultura estes valores podem ser diferentes. A idéia anterior confirma a relatividade do valor atribuído, ou seja, o valor não é substancial as coisas, por tanto, reafirma que são essencialmente efêmeras: O ESTADO NATURAL É EFÊMERO.

Tirando essa carga negativa por as “coisas” ser efêmeras, ou seja, o natural é que assim seja, ainda mais: nem pensamos que poderiam ser de outra forma..... Quando aceitarmos esta essência, nosso viver transita por uma caminho onde não existe lugar para o apego, ou dito de outra forma: qual é o sentido de querer reter, conservar, possuir o que naturalmente se movimenta e flui: ACEITAR O EFÊMERO EXCLUI O APEGO, ou seja, exclui a dor e sofrimento pelas possíveis perdas ou decepções.

Transitar pelo caminho onde não existe o apego significa valorizar o presente, o presente continuamente cambiante: ACEITAR O EFÊMERO FAVORECE O VALOR AO PRESENTE CONTINUAMENTE CAMBIANTE

Então, aceitar o efêmero significa que se exclui a dor e sofrimento e se foca espontaneamente, naturalmente no presente continuamente cambiante, ou dito de outra forma, significa que se favorece o amar, o amar no sentido de não esperar retribuição, de aceitar a unidireccionalidade, de visão mais ampla: ACEITAR O EFÊMERO FAVORECE O AMAR.

Desde a reflexão ou desde a concatenação de idéias pode-se compreender, agora, como transformar estas idéias em um estado natural é espontâneo de sentires, em um estado natural de viver? Difícil tarefa.

MATURANA, Humberto Romesín. YÁÑEZ, Ximena Dávila. Habitar Humano en seis ensayos de biologia-cultural. J.C. Sáez Editor, 2009. p.69-96

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