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sábado, 1 de maio de 2010

FILME: A ÚLTIMA HORA


COMPLEXIDADE, CRISE, VISÃO SISTÊMICA


A civilização baseada na extração do petróleo, recurso não renovável e cada vez mais escasso, parece estar levando o viver do homem atual ao seu ocaso. Somente agora os cientistas se dão conta que, se o petróleo trouxe consigo as benesses da tecnologia, e com isso, mais facilidades para o ser humano, por outro lado tem causado eventos tão negativos que põem em risco a permanência da espécie humana no planeta, e mais que isso, a existência do próprio planeta. O desequilíbrio causado pelo homem à natureza tem sua explicação : sem visão sistêmica, as sociedades foram se desenvolvendo sem se darem conta de que a vida requer um pensamento ecológico, ou seja, um entendimento das interdependências das diversas formas de vida, incluindo nela o próprio planeta enquanto um ente. No filme é dito: “Mudanças naturais são tolhidas pelas atividades humanas” e com isso, as transformações naturais a que o ecossistema terrestre está sujeito acontecem de forma desordenada e desequilibrada com a interferência do homem: o aumento do efeito estufa e o aquecimento global não podem ser creditadas unicamente às mudanças naturais do planeta. Não há como negar que a tecnologia, ela mesmo neutra em sua natureza, trouxe bênçãos e as maldiçoes, dependendo da forma como foi utilizada pelo homem ao longo da história humana. O homem adotou uma forma de viver atrelada a valor econômico, porém “...a economia foi feita para crescer e a biosfera, não”. Essa forma de viver baseada no consumismo, no ter mais que o próximo como prova de valor individual e coletivo, como no caso das nações, tem entorpecido o ser humano e o mantém afastado da sua essência espiritual que lhe permite a conexão com os vários tipos de viveres existentes no planeta. Ao ter desprezado a busca da conexão, primeiro de si para si, e depois, de si para com os outros viveres, o homem perdeu a capacidade de ser feliz. Pois nunca o ser humano teve a vida tão facilitada pela tecnologia e paradoxalmente nunca sentiu-se tão só, desnorteado e desesperançado, sem a capacidade de descobrir a beleza do mundo. O filme convida a todos a procurarem pela bondade superior e pela generosidade, pois o que o mundo vivencia hoje nada mais é que “um espelho externo de um estado interno”, ou seja, do estado de cada um de nós. Um reflexo do interior do homo sapiens-amans agressans et arrogans.



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